11.21.2006

Sonho alucinógeno 017

A vila


Eu morava em uma vilinha, onde as casinhas eram estilo um village. Eram todas de madeira e bem pequenas. Tipo um cômodo só: o quarto. Mas magicamente (logo, logo vocês irão entender o que isso significa) a casa cabia tudo, tinha espaço pra tudo, mas era uma grande confusão de coisas... apertada e bagunçada.

Nesta vila moravam bruxas, pessoas que detestavam as bruxas e os estudantes de bruxaria. Meu marido não sabia que eu era bruxa, e ele detestava o povo bruxo.

Antes de continuar o sonho, gostaria de deixar bem claro a minha visão sobre bruxaria e magia. Para mim ser bruxa é algo muito bom! Você consegue dominar os elementos da natureza, mexer na organização atômica das moléculas e isso implica em conseguir transformar qualquer coisa em qualquer coisa, ou fazê-la desaparecer. Saber do passado, presente e futuro, e poder ajudar muito as outras pessoas. Além é claro de fazer a convenção anual, mas esse sonho foi outro.

A vila ficava beeem pertinho do mar, em um terreno em depressão... mais ou menos assim como eu tentei desenhar... eu fiz um muro transparente, mas ele existia de verdade, é só pra vocês terem idéia do formato do muro e de onde ficavam as casas.

corte lateral do terreno próximo a vila


Eu e umas pessoas estávamos voltando da direção da praia e estava uma ventania danada... eu tinha que esconder do meu marido que era bruxa, então nesse caminho pensava “poxa, faz tanto tempo que eu não vôo na minha vassoura, que saudade..." e ai o vento me levantou do chão, e começei a voar igual a Mary Poppins, só que sem o guarda-chuva! A sensação foi fantástica de estar sendo levada pelo vento com doçura! Na realidade ele me poupou uma andada, e me deixou diretamente em casa.

Quando meu marido me viu aterrissando ficou indignado me perguntando se eu estava vindo de vassoura, que eu estava voando, que eu era bruxa, e eu expliquei que não, "foi só a ventania". Na realidade não só eu, todas as pessoas que estavam chegando em casa foram carregadas pelo vento até a vila.

Minha mãe, e um grupo de pessoas estavam estudando bruxaria, freqüentavam uma lugar onde eles liam e tinham aulas de como fazer magia.

A turma que voltou com o vento estava justamente chegando desse lugar! Eu tinha ido com eles, depois de muiito tempo sem praticar por causa do marido...

Chegando na vila as meninas começaram a treinar a magia do desaparecimento simples, com o muro lateral do condomínio. Elas fizeram o muro sumir e aparecer muitas vezes. Só que, em uma das vezes, uma mocita esqueceu de colocá-lo no lugar novamente. Ai lá veio um da ala dos anti-magia: “tá vendo porque eu não acho isso certo??? Olha o que fizeram com o muro!!! Esqueceram de novo de colocar no lugar! E aqui é perigoso! Pode entrar qualquer um pra assaltar o condomínio!!!”. E lá fui eu reparar o erro...

A mesma mocita estava paralisada ao lado do seu irmão enrolado do lençol. Havia algo na perna dele por debaixo da coberta. Com a minha fantástica super visão eu enxerguei uma Hyla fofinhaaaaa!!!

Hyla

Mas tinha que fazer ela desaparecer dali, era o que todos estavam esperando que eu fizesse... apontei o dedo indicador direito para ela na esperança de que ela sumisse e ela só trocou de lugar... me concentrei um pouco mais, apontei o dedo novamente e ela sumiu! Comentei: “eu não sei mais como se faz essas coisas...” e logo a mocita retrucou: “Até pareceeeee!!! Você sabe magia a tanto tempoooo...”

Eu sabia muita coisa mesmo, mas não estudava como elas, minha agia era mais intuitva!


Sonho sonhado por Psica

11.19.2006

Sonho alucinógeno 016

A enferma

Estava eu e minha amiga aspirante a museóloga passeando por uma cidade em direção a uma praça. Chegando lá havia um casal com suas duas filhinhas. Estavam todos bem vestidos, mas com roupas de antigamente. As meninas com aqueles vestidinhos de babadinho, um carrinho de bebê com paninhos bordados e a mãe com longo vestido.

O casal conversava sobre um assunto delicado: a doença incurável das meninas. Sentamos no banco e a peste de uma das meninas, que estava com o corpo coberto de
manchinhas vermelhas se aproximou da gente dizendo "estou doente, vou passar minha doeça pra vocês, lá lá lá!" E começou a pegar na gente. E correr em volta da gente, e não paravam de pegar em nós e ficamos desesperadas!!!!

Indignadas com a atitude da menina e dos pais que nada fizeram, começamos a gritar "Sai, sai, nós não podemos ficar doentes", parecia um sarampo....

E ai começa a parte emocionante... Não sei explicar ao certo como foi essa transição de agente para paciente no meu sonho, mas comecei apenas a assistí-lo, como se fosse um filme.

Ouvi então o pai das meninas comentando com a mãe: "Eu acho um absurdo essas pessoas que fazerm qualquer coisa por dinheiro, tanto materialismo pra quê? A gente aqui com essa doença incurável das meninas..."

E no instante seguinte aparecia um cientista na praça, que queria comprar todo o sangue da menina com as manchinhas. As duas estavam doentes, mas só a que já tinha as manchinhas na pele é que produzia uma espécie de anti-corpo que era capaz de ajudar na cura de uma outra doença, o câncer, mas que não era suficiente para curar a própria doença... Essa cura valia muito dinheiro. Ele queria drenar toda a menina para pegar esse anti-corpo, e ofereceu uma boa grana pela menina. O pai falou com a mãe e pensou na saúde outra menina, que ainda poderia se curar com a bolada de dinheiro que eles ganhariam com não sei qual tratamento, e vendeu a menina para o cientista, que claro, até no meu sonho estava estereotipado.... DE JALECO... (justo eu que luto tanto contra essa estereotipação do cientista...).

Ficamos completamente indignadas com a atitude daquele pai... como é que vende a própria filha???? Además, o dinheiro não serviria pra nada... a outra menina não teria cura...

Ele começa a pensar no que tinha dito a uns minutos atrás sobre o materialismo e começou a pensar no fato de ter vendido a filha... e ai se arrependeu... começou a acompanhar o cientista que ria muito igual a um doido, e levava a menina para o seu laboratório sobre o protesto do pai, mas com o contrato assinado na mão...

E no momento seguinte estávamos em uma lancha estilo 007, a toda velocidade, o pai escondido atrás da mala de couro com o dinheiro tentando salvar a menina, o cientista em outra lancha rindo dos rios de dinheiro que ele ganharia com o sangue da menina, e eu com o olhar da câmera vendo tudo...

De repente já estávamos dentro do laboratório com uma cena chocante:
A menininha peste estava pendurada no alto de uma roldana, completamente enrolada em uma corda grossa que deveria ter uns 10m de comprimento, pela altura que estava... o lugar parecia o interior de um castelo, mas de madeira, era um lugar esquisito...

O cientista ria bastante da situação e o terror se espalhava na sala... os pais da menina estavam aterrorizados, a menina já deveria ter morrido asfixiada com aquela corda toda enrolada... e o cientista ria... e eu pensava "que absurdo... como um pai tem coragem de vender uma filha, de vê-la passando por isso em troca de dinheiro..."

A explicação para a menina estar ali enrolada é que ela deveria despencar daquela altura e levar um "tranco seco" para que as plaquetas e anti-corpos se desprendessem sei lá como, mas é uma espécie de centrifugação in vivo!

E o pai gritava desesperadamente sem nada poder fazer, pois já tinha vendido a filha... e a menina despencou desenrolando a uma velocidade incrível, e levando um back-seco lá em baixo ao som das gargalhadas do cientista e do olhar de desespero do pai e do nosso espanto com a situação toda...

Sonho sonhado por Psica