Sonho alucinógeno 010

Mar, Óculos, Viagem e Museu

Eu estava no meu quarto (que nunca é o quarto onde eu durmo atualmente... é sempre o quarto da minha antiga casa, só que ampliado algumas vezes). Olhei pela janela e vi o mar. Tive vontade de fotografar. Peguei a câmera e como num passe de mágica eu sai pela janela e já estava fotografando as ondas bem de perto. O mar estava revolto e parecia querer engolir tudo. Tirei muitas fotos, e já não estava mais na praia, voltei para o quarto. Eu me sentia uma boneca dentro de uma imensidão, tudo era grande!

Estávamos nos preparando para viajar. Minha mãe apareceu por lá e começamos a organizar as coisas. Tudo pronto e fomos para a garagem colocar tudo no carro. O carro era pequeno. Além de nós 3 (eu, papi e mamis) ia junto um casal amigo com suas duas filhas (que já são adultas) e um tio meu. Éramos 8 pessoas mais as malas de todos, mais apetrechos para acampamento. Como aqui nada é o que parece ser, estamos sempre em um outro plano, coube todo mundo sentado sem reclamar de apertos em um Gurgel X-12. Não sei se vocês conhecem este carro, mas ele tem espaço para no as pessoas e só, não tem bagageiro, porta-malas, nem nada do tipo.

Seguimos viagem. Eis que paramos para consertar alguma coisa e um senhor que mendigava na estrada queria pegar carona também, porém explicamos que a lotação já estava completa (ele não era um senhor comum, parecia um druida).

Começou uma briga quando descobri que meu pai havia quebrado os meus óculos de sol e feito um remendo horrível, pregando a lente do lado direito ao contrário inclusive.... foi motivo para eu ficar em burrada, fazer bico e soltar fogo pelas ventas (não literalmente, apenas no sentido figurado)! Uma das pessoas do carro ficou impressionada com meu mal humor só por cauda de um óculos de sol super caro completamente quebrado, mesmo com o meu argumento de que tenho alta sensibilidade a luz. Meu pai alegava que eu não pedi para ele consertar, e que o óculos já estava velho e quebrando. Ele pegou o meu para ver o número e acabou quebrando ao meio (neste sonho as pessoas compram os óculos por números que melhor se ajustam em seus rostos, tipo P, M e G). Então fui usar o que ele comprou pra ele, que era horrível e logo desisti, preferi ficar com o meu quebrado com a lente invertida.

Estávamos indo para Lençóis, região centro Oeste da Bahia, mas não era algo comum. Normalmente são umas 12h de viagem até lá, porém, nesta realidade, as pessoas iam pra lá como se estivessem indo ali, em uma praia um pouco mais distante (tipo Sauípe, Praia do Forte), indo e voltando no mesmo dia. No entanto, como éramos muitos, e demoramos de arrumar as bagagens (não sei para onde foram) e demoramos de sair, e tivemos que parar para conserto, acabamos chegando tarde lá, e ficaríamos acampados junto com todo mundo.

Bem, eu conheço a Lençóis aqui do plano material, e não tinha absolutamente nada a ver com essa cidade ai do sonho... era um imenso vale árido, com muitas montanhas. Ok em relação as montanhas, mas a diferença é que não havia cidade alguma. Na entrada do que seria a cidade tinha um grande acampamento iluminado. Era lá que todos os visitantes ficavam. Tinham holofotes presos nas montanhas em volta do acampamento, e víamos tudo de cima.

De repente estávamos visitando a cidade. A qual não se via quando se chegava. Estávamos dentro de um grande museu, e o carro transitava pelas galerias. O grande museu era a cidade. Mas ninguém morava ali. Quando se via algo interessante descíamos do carro para fotografar. Não me perguntem como o carro subia pelas escadas, como passava pelas estreitas portas, e como uma cidade fantasma com céu, casas, árvores e passarinhos, cabia dentro das galerias. Coisas que acontecem com o achatamento da realidade. =P

Sonho sonhado por Psica